Lucro dos maiores bancos brasileiros cresce 3,1% no terceiro trimestre, para R$ 28,416 bilhões, impulsionados pelo crédito

O lucro dos cinco maiores bancos brasileiros aumentou 3,1% no terceiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo R$ 28,416 bilhões. Esses números se baseiam em informações coletadas pelo sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. O Itaú Unibanco, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal lideraram esse crescimento, impulsionado principalmente pelas receitas com crédito.

É importante ressaltar que o trimestre foi marcado por uma mudança nos índices de inadimplência, um constante desafio para o setor bancário. Cada banco apresentou resultados diferentes em relação ao crédito. A Caixa teve o crescimento mais significativo de sua carteira, com 11,7%, impulsionado principalmente pelos desempenhos do crédito para o agronegócio (+29,9%) e para a habitação (+14,6%). Já o Banco do Brasil teve um crescimento de 10%, destacando-se na liderança do crédito para o setor rural com um aumento de 18,9%.

Enquanto os bancos públicos apresentaram um cenário de crescimento, o mesmo não pode ser dito para os bancos privados. O Santander registrou o maior crescimento com 7,9%, seguido pelo Itaú com 5,7%. Por outro lado, a carteira do Bradesco recuou 0,1% em 12 meses. Isto se deu devido à estratégia do banco de originação de crédito a um ritmo mais baixo para desacelerar o crescimento da inadimplência.

Os bancos públicos estão confiantes em um avanço mais forte nas operações de crédito no início do próximo ano, graças aos cortes da taxa básica de juros. Eles esperam continuar crescendo em um ambiente mais favorável, com previsões de um aumento de um dígito alto ou um dígito baixo na carteira de crédito.

No que se refere aos bancos privados, a expectativa é de que, com o pico da inadimplência em pessoas físicas no passado, será possível retomar as concessões em linhas de crédito mais arriscadas. O Bradesco prevê um aumento gradual da originação no quarto trimestre deste ano, atingindo um patamar normalizado até o final de 2024. O Santander e o Itaú também esperam um 2024 mais positivo, concentrados em linhas de crédito mais garantidas.

Em relação aos segmentos de baixa renda, os bancos públicos e privados têm focado em repensar suas estratégias. Enquanto os bancos privados querem equilibrar melhor as fontes de receita entre os empréstimos e a prestação de serviços, a Caixa pretende levar a baixa renda para o mercado de capitais, tornando-se o primeiro banco a realizar essa ação.

Apesar disso, há um consenso entre os bancos, tanto públicos quanto privados, de que o foco continuará na média e na alta renda, visando fidelizar ainda mais clientes. Este é um próximo passo importante na evolução do setor bancário no Brasil.

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