Lula descarta intervenção federal no Rio de Janeiro e reafirma uso estratégico das Forças Armadas contra o crime organizado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descartou a possibilidade de uma intervenção federal no Rio de Janeiro em meio à onda de ataques de milicianos que têm causado caos na capital fluminense. Durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Lula afirmou que não quer que as Forças Armadas ajam nas favelas, “brigando com bandidos”.

Ao ser questionado sobre as ações do governo federal para ajudar o Rio de Janeiro a combater o crime organizado, Lula reiterou sua decisão de não decretar uma nova Garantia da Lei e da Ordem (GLO) enquanto estiver na presidência. Ele enfatizou que teve uma reunião com os comandantes das Forças Armadas e o ministro da Defesa para discutir a participação deles no enfrentamento à violência no Rio, mas concluiu que não é papel das Forças Armadas atuarem nas favelas.

No último dia 23, pelo menos 35 ônibus e um trem foram incendiados no Rio de Janeiro em resposta à morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão e um dos líderes de uma das maiores milícias do estado. Desde então, o governo busca encontrar uma forma de auxiliar o estado no combate ao crime organizado, porém ainda não encontrou a solução ideal.

Durante uma transmissão ao vivo na internet, Lula adiantou que pretendia enviar as Forças Armadas para atuarem de maneira estratégica, com a Marinha e a Aeronáutica atuando em portos e aeroportos do Rio de Janeiro. Durante o café da manhã com jornalistas, o presidente reiterou sua intenção de empregar as Forças Armadas nessas funções.

A decisão de Lula de não decretar uma nova GLO tem como objetivo evitar a violência nas favelas e evitar o confronto direto entre as Forças Armadas e os criminosos. No entanto, a falta de uma intervenção mais efetiva tem gerado críticas e questionamentos sobre a capacidade do governo de lidar com a crescente onda de violência no Rio de Janeiro. O estado continua a enfrentar desafios no combate ao crime organizado, e a população aguarda ansiosamente por uma solução que possa trazer paz e segurança para a região.

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