Comissão cancela audiência sobre tratamento do câncer de pulmão no SUS devido à alta incidência da doença no Brasil.

No Brasil, a luta contra o câncer de pulmão enfrenta um revés. A comissão especial da Câmara dos Deputados, responsável por acompanhar as ações de combate à doença, cancelou a audiência que estava marcada para esta quarta-feira (25), que discutiria o tratamento do câncer de pulmão em pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa decisão traz preocupação para milhares de brasileiros que dependem do SUS para receber o tratamento adequado.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, a expectativa é que, a cada ano do triênio 2023/2025, sejam diagnosticados no Brasil 32.560 novos casos de câncer de pulmão, traqueia e brônquios. É alarmante que a maioria desses casos, mais especificamente 18.020, deve acometer homens. Isso evidencia a necessidade de políticas públicas eficazes de prevenção e tratamento dessa doença.

O tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão. Estima-se que 85% dos casos diagnosticados sejam atribuídos a esses hábitos. Além disso, fatores relacionados à exposição ocupacional e ambiental, poluição do ar e radiações também podem aumentar o risco de desenvolver a doença.

Esse cancelamento da audiência representa um retrocesso na luta contra o câncer de pulmão no Brasil. É fundamental que se discuta alternativas e estratégias para o tratamento e prevenção dessa doença. Infelizmente, não foi informada nenhuma nova data para o debate, o que deixa uma incerteza sobre quando essa discussão tão importante será retomada.

Diante desse cenário, é urgente que o governo e as autoridades de saúde busquem soluções para garantir um atendimento de qualidade aos pacientes do SUS que enfrentam o câncer de pulmão. É necessário investir na melhoria das estruturas de tratamento, capacitação dos profissionais de saúde e conscientização da população sobre a importância de abandonar o tabagismo e evitar a exposição ao tabaco.

Enquanto isso, pacientes e familiares continuam lutando diariamente contra essa doença devastadora, na esperança de que as medidas necessárias sejam tomadas para garantir o acesso ao tratamento adequado. A sociedade civil também deve se envolver nessa causa, cobrando das autoridades uma resposta efetiva e exigindo políticas de saúde que garantam o direito à vida e à saúde de todos os brasileiros.

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