Uma das vítimas brasileiras foi identificada como Bruna Valeanu, de 24 anos. Seu falecimento foi anunciado primeiramente pela organização StandWithUs Brasil, pela irmã de Bruna e, posteriormente, confirmado pelo Itamaraty. Bruna vivia em Israel desde 2015 e residia na cidade de Petah Tikva, a cerca de 10 quilômetros de Tel Aviv, juntamente com sua mãe. Antes de se mudar para o país do Oriente Médio, ela trabalhou em um movimento religioso chamado Bnei Akiva e estudou em uma escola judaica bilíngue no Rio de Janeiro. Bruna estava matriculada na Universidade de Tel Aviv, onde estudava comunicação, sociologia e antropologia, e também serviu como instrutora de tiro nas Forças de Defesa de Israel por dois anos.
O governo brasileiro expressou seu pesar pela morte de Bruna, por meio de uma nota oficial emitida pelo Ministério das Relações Exteriores. Além disso, o governo reiterou seu repúdio a todos os atos de violência contra a população civil. O velório de Bruna foi realizado ontem, em Petah Tikva.
Outra vítima brasileira do ataque foi identificada como Ranani Glazer, natural do Rio Grande do Sul. Ele estava na rave juntamente com sua namorada e um amigo. De acordo com relatos, os três conseguiram fugir e se esconder em um bunker ao ouvirem os primeiros disparos. Glazer chegou a gravar um vídeo no abrigo, descrevendo a cena como “cena de filme” e relatando que correu por quilômetros até encontrar um local seguro. No entanto, o bunker também foi atacado pelos terroristas e Glazer acabou se separando dos outros dois brasileiros. Quando as autoridades israelenses chegaram ao local, ele já tinha desaparecido. Seus amigos foram resgatados, e Zimerman chegou a ser levado para o hospital, mas já recebeu alta.
Ranani Glazer, que tinha 24 anos e morava em Israel há sete anos, era brasileiro-israelense e prestou serviço militar no país. O governo brasileiro também lamentou sua morte, manifestando profundo pesar.
Além das duas vítimas brasileiras, ainda há uma brasileira desaparecida, identificada como Karla Stelzer Mendes, de 41 anos. Participantes da festa relataram que foram surpreendidos por um alerta de foguetes seguido por tiros, e ao tentarem fugir, se depararam com terroristas armados em jipes. O ataque deixou mais de 260 pessoas mortas.
O governo brasileiro está empenhado em prestar auxílio às famílias das vítimas e continua acompanhando as investigações sobre o ataque terrorista. A morte de Bruna Valeanu e Ranani Glazer representa um triste episódio de violência e um duro golpe para a comunidade brasileira em Israel.