Greve no transporte de São Paulo leva passageiros a mudar rotas em busca de alternativas menos lotadas

Na manhã desta terça-feira (3), em São Paulo, os passageiros foram surpreendidos por portões fechados devido à greve dos trabalhadores do transporte. No entanto, muitos tentaram driblar as paralisações mudando suas rotas habituais. Como resultado, linhas como a 5-lilás do metrô e a 9-esmeralda, operadas pela ViaMobilidade, apresentaram um número menor de passageiros do que o normal.

Um exemplo é a vendedora Letícia Pereira, de 21 anos, que desembarcou do metrô na estação Santo Amaro para evitar a linha 2-verde, uma das afetadas pela greve. Ela aguardava o trem para ir até Pinheiros, de onde pegaria a linha amarela até a estação Paulista, onde trabalha. Embora o trajeto tenha levado mais tempo, Letícia notou que tanto o metrô quanto o trem estavam mais vazios.

Alef Rocha, analista financeiro de 29 anos, também percebeu que o transporte público estava mais tranquilo. Ele costuma utilizar a linha 9-esmeralda até a estação Presidente Altino, onde faz a transferência para a linha 8-diamante (também privatizada), para ir ao trabalho. Neste dia, ele relatou que conseguiu até mesmo sentar no trem. Depois do trabalho, Alef pretendia ir à academia para só então seguir com suas atividades diárias.

Os trabalhadores estão protestando contra os planos de privatizações nas três empresas anunciados pela gestão do ministro Tarcísio de Freitas. Os sindicatos publicaram uma carta nas redes sociais pedindo o cancelamento de todos os processos de concessão no Metrô, na CPTM, na Sabesp e na Estrada de Ferro de Campos do Jordão.

Por volta das 6h, a estação Santo Amaro ainda apresentava uma movimentação tranquila. Vale ressaltar que as linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata do metrô estão paralisadas, assim como todas as linhas administradas pelo serviço público da CPTM.

Decisões na Justiça do Trabalho determinaram, na semana passada, que tanto o Metrô quanto a CPTM funcionem com capacidade total nos horários de pico. Nos demais horários, os funcionários devem garantir 80% do efetivo.

Por fim, a agente de limpeza Letícia Nascimento, de 27 anos, faz diariamente o trajeto do Capão Redondo até a estação Santo Amaro pelo metrô, na linha 5-lilás, e segue de trem até a Vila Olímpia. Ela estava ciente da greve, mas desconhecia o motivo da mobilização. No entanto, Letícia afirmou que a viagem foi mais tranquila naquele dia, com o trem vazio.

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