De acordo com o relatório, o comércio bilateral entre os dois países alcançou a marca de US$ 632 milhões em 2022, o que representa um aumento de 158% em relação ao ano anterior. As exportações brasileiras para o Kuwait totalizaram US$ 301 milhões, registrando um crescimento de 55% em comparação a 2021. Já as importações atingiram o valor de US$ 331 milhões, um acréscimo de mais de 550% em relação ao ano anterior. O saldo comercial entre os dois países foi positivo para o Kuwait, com um superávit de pouco mais de US$ 30 milhões.
O destaque no comércio bilateral é a exportação de carne de aves brasileira para o país árabe, que corresponde a 78% do total exportado para o Kuwait em 2022, o equivalente a US$ 126 milhões. Em contrapartida, o Brasil importa principalmente óleos combustíveis de petróleo do Kuwait, representando 88% do total importado do país, totalizando US$ 293 milhões.
Além do intenso fluxo comercial, o senador Dueire ressaltou os esforços do Itamaraty em atrair investimentos do fundo soberano do Kuwait para a economia brasileira. O fundo soberano kuwaitiano é considerado o terceiro maior do mundo, com ativos estimados em US$ 737 bilhões. Os investimentos do Kuwait no Brasil já alcançam a marca de US$ 2 bilhões, mas há um interesse em expandi-los, especialmente nas áreas de petróleo, energia renovável, mineração, segurança alimentar e finanças.
Durante a sabatina realizada pela CRE, Rodrigo Gabsch destacou que o Kuwait possui a nona maior reserva de petróleo do mundo, correspondendo a 6% do total global. Além disso, o PIB kuwaitiano registrou um crescimento de 8,1% em 2022. O objetivo da embaixada brasileira no Kuwait será reestabelecer as trocas comerciais entre os dois países aos patamares alcançados em 2014, quando superaram a marca de US$1 bilhão.
O próximo passo após a aprovação pela Comissão de Relações Exteriores é a análise da indicação de Rodrigo Gabsch pelo Plenário do Senado, que decidirá sobre sua nomeação para o cargo.
