O Secretário Especial para o Clima dos Estados Unidos, John Kerry, instou os líderes da indústria de petróleo e gás a apresentarem suas estratégias de combate às mudanças climáticas na conferência COP28.

O enviado climático dos Estados Unidos, John Kerry, está pressionando líderes mundiais da indústria de petróleo e gás para que apresentem planos concretos de impulsionar as energias renováveis e reduzir as emissões de gases do efeito estufa até 2030 na próxima cúpula climática da ONU. Especialistas e ativistas estão preocupados que a COP28, que será realizada nos Emirados Árabes Unidos em breve, se torne uma “COP do petróleo”, com a indústria tendo um papel desproporcional nas discussões sobre mudanças climáticas.

John Kerry afirmou ao Financial Times que é fundamental que a indústria de petróleo e gás participe das negociações climáticas da ONU e seja responsabilizada por seu papel no aquecimento global. Ele ressaltou que as metas da indústria para 2050 não são suficientes e é necessário um compromisso de atingir emissões líquidas zero de carbono.

Kerry solicitou aos executivos do setor que apresentem planos na COP28 para reduzir suas emissões diretas e derivadas da energia que compram, além de definirem compromissos de alocação de capital para energias renováveis até 2030. Ele também mencionou a necessidade de um padrão para tecnologia de captura, utilização e armazenamento de carbono, a fim de garantir que as emissões sejam reduzidas de fato e não apenas prolongadas.

O enviado climático dos EUA revelou que conversou com o ministro da Energia da Arábia Saudita e também se reunirá em breve com o executivo-chefe da Saudi Aramco. Além disso, Kerry teve discussões anteriores com outros líderes de empresas de petróleo e gás, incluindo a BP, sobre os planos para enfrentar as mudanças climáticas.

Recentemente, os ministros das maiores economias do mundo não chegaram a um acordo sobre metas para reduzir as emissões perigosas durante as reuniões do G20 sobre energia e clima. A Arábia Saudita e a China têm sido identificadas como obstáculos para o progresso nessas negociações.

Apesar dos Estados Unidos serem o maior produtor mundial de petróleo e gás, John Kerry enfatizou a rápida transição do país para as energias renováveis por meio de legislação que oferece subsídios para tecnologia e manufatura verdes. Ele destacou que essa mudança foi impulsionada pelo mercado e não será desfeita por governos futuros.

Kerry também comentou sobre a decisão do Reino Unido de conceder novas licenças para exploração de petróleo e gás no Mar do Norte, afirmando que essa não é a política dos Estados Unidos, pois o país está tentando fazer a transição para energias mais limpas.

Em resumo, John Kerry está pressionando a indústria de petróleo e gás a apresentar planos concretos para impulsionar as energias renováveis e reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Ele argumenta que as metas estabelecidas até o momento não são suficientes e que é necessário um compromisso mais ambicioso para atingir emissões líquidas zero de carbono. O enviado climático dos EUA também ressaltou a importância da participação do setor privado nessas discussões e enfatizou a transição acelerada dos Estados Unidos para as energias renováveis.

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