A criação de cadastro nacional de agressores de mulheres é aprovada pela comissão. Medida importante para combater a violência de gênero.

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou uma importante proposta para a criação do Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Violência contra a Mulher (CNPC Mulher). Segundo o projeto, esse cadastro terá a finalidade de incluir pessoas que foram condenadas por decisão transitada em julgado pela prática de crimes como feminicídio, estupro, estupro de vulnerável, lesão corporal praticada contra a mulher, perseguição contra a mulher e violência psicológica contra a mulher.

A relatora do projeto, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), recomendou a aprovação do substitutivo da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado ao Projeto de Lei 1012/20, do Senado. Esse substitutivo pretende transformar o Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Crime de Estupro, mantido atualmente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Violência contra a Mulher.

Laura Carneiro defendeu a criação desse novo cadastro, sem que isso macule a catalogação já existente. Para ela, tanto o Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Crime de Estupro quanto o novo cadastro de violência contra a mulher serão fundamentais para ampliar e qualificar o conhecimento sobre esses crimes, que ainda são muito comuns.

O cadastro deve conter informações importantes sobre os condenados, como características físicas, perfil genético, perfil sociocultural (como idade, sexo, raça/etnia, profissão e escolaridade), fotos, local de moradia, CPF e anotação sobre eventual reincidência. É importante ressaltar que a atualização periódica dos cadastros deverá excluir da base de dados os condenados que já cumpriram a pena ou que tiveram a pena extinta.

A proposta ainda será analisada pela Comissão Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário, antes de se tornar efetivamente uma lei.

Essa medida é de extrema importância para o combate à violência contra a mulher, uma vez que permitirá o registro e a identificação dos agressores, auxiliando no trabalho das autoridades e na garantia da segurança das vítimas. Além disso, o cadastro também poderá contribuir para um melhor conhecimento desses crimes, fornecendo dados estatísticos precisos e atualizados, o que pode embasar políticas públicas mais efetivas nessa área.

É fundamental que essa proposta seja debatida e aprovada o mais rápido possível, para que o CNPC Mulher possa ser implementado e contribuir na busca por um país mais seguro e igualitário para as mulheres.

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