Repórter São Paulo – SP – Brasil

Projeto para agilizar confirmação de paternidade visando concessão de pensão alimentícia é aprovado por comissão legislativa.

No dia 24 de agosto de 2023, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que traz mudanças significativas na forma como a paternidade é reconhecida. De acordo com a proposta, o nome do pai na Declaração de Nascido Vivo (DNV), dada pela maternidade, ou no assento de nascimento em cartório, passará a constituir prova ou presunção da paternidade.

Essa alteração traz benefícios para as mães, que não precisarão mais entrar com um pedido de pensão alimentícia na Justiça. Agora, elas poderão solicitar diretamente a execução dos alimentos. A pensão será concedida provisoriamente a partir da citação do pai, e a mãe será responsabilizada civilmente por qualquer dano causado em caso de má-fé. Caberá ao suposto pai negar a alegada paternidade.

A relatora dessa proposta é a deputada Laura Carneiro, do PSD-RJ, que recomendou a aprovação do substitutivo elaborado pela antiga Comissão de Seguridade Social e Família para o Projeto de Lei 973/19, apresentado pela deputada Flávia Morais, do PDT-GO. O substitutivo mantém as principais diretrizes do texto original, apenas realizando ajustes de redação.

Segundo Laura Carneiro, essa medida é extremamente relevante para os direitos das mulheres, pois proporciona um mecanismo ágil e menos burocrático para a obtenção judicial de pensão alimentícia para o filho.

Além disso, o projeto também promove uma adequação no tratamento dado aos pais e às mães. Atualmente, um homem pode registrar seu filho comparecendo ao cartório com a DNV e a carteira de identidade da mãe. Já a mãe só pode registrar o nome do pai mediante a apresentação da certidão de casamento e a identidade dele. Com a mudança proposta, ambos os pais terão igualdade de condições para registrar a criança.

Vale ressaltar que essa proposta ainda está em tramitação. Ela passará pela análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ser votada pelo plenário. É importante destacar que as informações desta matéria foram baseadas no texto original da notícia, porém, a fonte não foi citada.

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