A CPMI decide não investigar venda de joias por assessores de Bolsonaro, conforme áudio revelado.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os eventos ocorridos no dia 8 de janeiro em Brasília recebeu, nesta semana, novas informações que podem abrir novas linhas de investigação. A relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), levantou a possibilidade de recursos provenientes da suposta venda de joias e presentes por assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro terem financiado os ataques ocorridos na capital federal naquela data.

De acordo com Eliziane Gama, é fundamental convocar os investigados pela Polícia Federal para esclarecer se essas vendas realmente aconteceram e se os valores obtidos foram utilizados para financiar os eventos ocorridos no dia 8 de janeiro. A senadora ressalta a importância de aprofundar as investigações, de forma a buscar todas as possíveis conexões que possam explicar a organização e financiamento dos ataques.

Entretanto, o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), discorda da relatora e descarta a inclusão desse tema nas investigações. Segundo Maia, o foco da comissão é apurar os fatos ocorridos especificamente no dia 8 de janeiro e suas consequências imediatas, não havendo elementos suficientes para ampliar a linha de investigação para vendas de joias e presentes por assessores de Bolsonaro.

Em depoimento à CPMI, o fotógrafo da Reuters, Adriano Machado, trouxe mais informações sobre as invasões ocorridas no Planalto. Machado negou qualquer proximidade com os invasores e denunciou que foi ameaçado durante o registro fotográfico da invasão. Além disso, o fotógrafo afirmou que teve que apagar algumas fotos em virtude das ameaças recebidas.

As declarações de Adriano Machado trouxeram à tona mais questionamentos sobre a segurança no Palácio do Planalto e a atuação dos invasores. A comissão investigativa da CPMI espera que essas novas informações possam ajudar na compreensão dos eventos ocorridos, bem como na identificação e responsabilização dos envolvidos nas invasões.

Diante das divergências entre a relatora e o presidente da CPMI, resta aguardar para ver como a comissão irá proceder em relação à investigação das vendas de joias e presentes por parte dos assessores de Bolsonaro. As próximas semanas prometem ser decisivas para o desenrolar das investigações, que buscam informações tanto sobre os possíveis financiadores dos ataques em Brasília quanto sobre os invasores e possíveis mandantes.

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