Uma entidade cria seleta lista de mulheres negras para compor o Supremo Tribunal Federal (STF), fortalecendo a luta pela diversidade racial na corte.

O movimento Mulheres Negras Decidem divulgou uma lista tríplice de candidatas para ocupar a vaga que será aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria da ministra Rosa Weber. A entidade, que busca promover a participação de mulheres negras na política institucional, indicou a juíza Adriana Cruz, a promotora Lívia Sant’Anna Vaz e a advogada Soraia Mendes.

De acordo com Tainah Pereira, coordenadora de política do Movimento, a presença majoritariamente branca no Poder Judiciário resulta na aplicação das leis com base no falso argumento de que não há racismo no Brasil, o que perpetua a vulnerabilidade das pessoas negras em todos os setores de suas vidas sociais.

Apesar da pressão das entidades da sociedade civil pela nomeação de uma mulher para o STF, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não se comprometeu com esse pleito. Diversos nomes masculinos estão sendo cogitados para a vaga, como Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Luiz Salomão, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Flávio Dino, ministro da Justiça, e Jorge Messias, Advogado-Geral da União.

A indicação das mulheres negras para o STF é uma forma de dar mais representatividade à população, especialmente àquelas que historicamente têm sido marginalizadas e excluídas do poder. O Movimento Mulheres Negras Decidem reconhece a importância de diversificar o quadro de ministros da Corte, para que as decisões tomadas estejam mais conectadas à realidade e às demandas da população negra.

A presença de mulheres negras em posições de destaque nos poderes executivo, legislativo e judiciário é essencial para a construção de um país mais justo e igualitário. Essa inclusão é fundamental para o combate ao racismo estrutural e para a ampliação das oportunidades para todos os brasileiros.

É importante que o presidente Lula leve em consideração a demanda da sociedade civil e garanta que a próxima vaga no STF seja ocupada por uma mulher. Essa decisão não apenas será um avanço em termos de representatividade, mas também contribuirá para uma maior diversidade de perspectivas na mais alta corte do país.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo