Transporte público em São Paulo: previsões e ações para 2024 incluem novas estações, novas linhas e avanços na mobilidade urbana.

São Paulo, a maior cidade do Brasil, apresenta um cenário contraditório no que se refere à mobilidade urbana. Enquanto três tuneladoras, conhecidas como “tatuzões”, estão em plena atividade cavando túneis do metrô subterrâneo, na superfície, as obras para a implantação de novas faixas azuis para motociclistas estão em pleno vapor, contrastando com a estagnação das obras de corredores de ônibus.

Para 2024, as expectativas são de inaugurações pontuais no transporte público, com destaque para a expansão do transporte sobre trilhos, que contempla uma nova estação de trem, uma nova linha de VLT (veículo leve sobre trilhos), um novo trecho ferroviário e um corredor de ônibus metropolitano. No entanto, as obras para a expansão da linha de trem 9-esmeralda e do VLT de Santos sofreram atrasos em suas previsões de inauguração e agora têm novas datas previstas para o próximo ano.

Enquanto isso, a gestão municipal de São Paulo, que passará por eleições no próximo ano, mantém seu foco no transporte individual, destacando um plano bilionário de recapeamento de ruas e avenidas, e a intenção de mais que dobrar a quilometragem de vias exclusivas para motociclistas, além de acelerar a implantação de ciclovias e ciclofaixas.

O engenheiro Sergio Ejzenberg, mestre em engenharia de transportes, alerta para a redução da frota de ônibus na cidade após a pandemia, o que está provocando uma migração de passageiros para o transporte individual, apontado por ele como mais perigoso do que o ônibus.

Além disso, perspectivas para o ano de 2024 incluem a abertura de editais para a construção de novas linhas de metrô e trem, e a eventual inauguração da estação Varginha, a expansão do VLT de Santos, a chegada da linha 11-coral à Barra Funda, e a entrega dos contornos da Tamoios, obra que teve início há dez anos para desafogar um dos maiores gargalos de trânsito do litoral paulista.

Por fim, a prefeitura também pretende inaugurar o primeiro transporte público hidroviário de São Paulo, nas águas da represa Billings, com a entrada em operação de ônibus aquáticos, que prometem trazer inovação e alternativas de deslocamento para a população da capital paulista. Com todas essas perspectivas, o ano de 2024 pode representar avanços significativos na mobilidade urbana da maior cidade do Brasil.

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