O terremoto ocorreu por volta das 23h11, pegando muitas pessoas de surpresa em seus quartos de hotel. Durante alguns segundos, os abalos sísmicos foram intensos e assustadores. Os visitantes que estavam no restaurante Le Tanjia, na praça próxima, foram forçados a abandonar o local em busca de segurança. Felizmente, não houve relatos de feridos ou mortos entre os turistas.
O gerente do Riad, estabelecimento onde muitos viajantes estavam hospedados, foi elogiado por sua rápida atuação. Ele orientou todos os ocupantes a deixarem seus quartos e se dirigirem para uma praça próxima, onde se juntaram a moradores e outros turistas em busca de abrigo. A noite foi passada ao relento, sob os olhos preocupados de todos os presentes.
A manhã seguinte revelou a extensão da destruição causada pelo terremoto. Ruas intransitáveis, fachadas de casas desmoronadas e tetos quebrados eram visíveis por toda a região. O restaurante La Tanjia, onde os viajantes haviam jantado na noite anterior, teve seu teto completamente destruído. A Medina, área histórica e murada da cidade, foi a mais afetada, com muitas casas comprometidas.
A mesquita Koutoubia, uma das principais atrações turísticas de Marrakech, também sofreu danos significativos. Seu minarete, construído no século 12, foi chacoalhado pelo tremor, ficando bastante comprometido. Outra mesquita próxima, na praça Jemaa el-Fnaa, também sofreu com a destruição de parte de sua estrutura. Os escombros eram visíveis por toda a região.
Apesar da devastação, a população tentava retomar sua rotina. Lojas e barracas ainda abertas receberam turistas e moradores, que aproveitavam para praticar uma das atividades mais populares do local: a barganha. No entanto, as atrações turísticas permaneceram fechadas, sem previsão de reabertura.
Fora da área da Medina, outros bairros de Marrakech, como Guéliz, não foram tão afetados pelo terremoto. A vida seguia normalmente nesses locais, com cafés e restaurantes funcionando normalmente. Apenas algumas grandes lojas precisaram fechar temporariamente, devido a danos estruturais.
Ao final do dia, a vida aos poucos voltava ao normal na Medina. Artesãos e vendedores começavam a ocupar a praça Jemaa el-Fnaa, preparando-se para a agitação noturna que sempre ocorre no local. As charretes alinhadas aguardavam os turistas, que pareciam querer retomar suas atividades habituais.
Apesar do susto, Marrakech mostrou sua resiliência diante da tragédia. A população, junto com os turistas, uniu-se na superação do terremoto e na busca por reconstruir o que foi perdido. A cidade segue de pé, pronta para receber novamente todos que desejam conhecer suas belezas e história.
