Segundo o sociólogo Rudá Ricci, presidente do Instituto Cultiva, a manifestação teve o intuito de criar um clima de tensão e pressionar para que não haja uma decisão sobre a possível prisão de Bolsonaro em setembro. Além disso, com as eleições municipais se aproximando, o ato buscou mostrar a força da base bolsonarista para a disputa eleitoral, de acordo com Rudá.
Por outro lado, o cientista político Malco Camargos, da PUC Minas, ressaltou que, apesar da força popular demonstrada no ato, a força institucional ainda prevalece. Camargos destacou que Bolsonaro busca se juntar àqueles que acreditam em sua perseguição pela Justiça, criando assim uma narrativa de vitimização.
A presença do empresário Elon Musk, alvo de críticas por parte do ministro do STF Alexandre de Moraes, também foi um ponto de destaque no ato. Enquanto Bolsonaro e Musk se colocam como defensores da liberdade de expressão, Prando alertou para o fato de que ambos têm utilizado discursos de ódio e ataques às instituições.
Diante desse cenário, Maurício Santoro, colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha, apontou que as forças pró-Bolsonaro enfrentam restrições nas mídias digitais, especialmente devido ao inquérito do STF sobre fake news. Santoro acredita que, em relação a 2018, as ações nas redes sociais estão mais limitadas legalmente para esses grupos.