A revista aborda de maneira lúdica e educativa a origem das fake news das vacinas, como elas se espalham e suas graves consequências, como o risco de reaparecimento de doenças extintas no Brasil, como o sarampo e a poliomielite. Além disso, o material inclui passatempos e um roteiro em que o tema da hesitação vacinal é debatido entre os personagens Cebolinha, Fernando e Luca e seus familiares, destacando o papel do pediatra que esclarece sobre o funcionamento das vacinas e sua importância para prevenir doenças.
Uma das situações retratadas na revista mostra os pais de Fernando decidindo não vacinar o filho após terem visto informações falsas na internet, colocando-o em risco de contrair doenças graves. A poliomielite, por exemplo, foi erradicada há quase 35 anos no Brasil, mas tem voltado a preocupar os pediatras devido à queda na cobertura vacinal.
A preocupação com a disseminação de fake news sobre vacinas levou a SBP e o IQC a realizar um estudo inédito com 1.000 pediatras brasileiros. A pesquisa revelou que o medo de possíveis eventos adversos e a falta de confiança nas vacinas são os principais motivos que levam pais e responsáveis a negligenciar a vacinação de crianças e adolescentes.
O presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP, Renato Kfouri, ressaltou a importância de ampliar o acesso ao conhecimento científico, por meio de fontes seguras, para proteger as famílias brasileiras. Segundo ele, as vacinas são seguras e eficazes para evitar doenças, e a não vacinação coloca crianças e adolescentes sob risco desnecessário. Além disso, o presidente da SBP, Clóvis Francisco Constantino, enfatizou que manter a vacinação em dia é um dever de todo cidadão com a saúde pública do país, protegendo não somente as crianças, mas também toda a comunidade.
O diretor executivo do Instituto Mauricio de Sousa, Amauri Sousa, destacou a importância de alertar sobre a necessidade de manter a caderneta de vacinação atualizada, atuando em defesa dos direitos da criança. O doutor em microbiologia e diretor de Educação do IQC, Luiz Almeida, destacou a importância das crianças serem aliadas no combate às fake news, enquanto a presidente do IQC, Natalia Pasternak, ressaltou que a parceria com o Instituto Mauricio de Sousa contribui para levar as mensagens da ciência para toda a sociedade, de maneira descomplicada e acessível.
