A ação, que começou nesta quarta-feira (22), consiste na produção de vídeos para as redes sociais, nos quais Boulos aparece com uma roupa clara e um semblante calmo, falando sobre sua atuação no MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto). O objetivo é fixar mensagens positivas sobre a biografia do pré-candidato, pintando-o como alguém solidário e aberto ao diálogo, na tentativa de se aproximar de eleitores indecisos e diminuir sua taxa de rejeição.
A estratégia parece ter sido bem pensada, já que Boulos lidera as pesquisas de intenção de voto, à frente do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição. Os vídeos também mostram Boulos falando de sua formação acadêmica e de sua capacidade de diálogo, adquirida através de sua militância e de sua experiência na Câmara dos Deputados.
Além disso, a equipe do pré-candidato está preocupada em desconstruir pechas que podem prejudicar sua manutenção na liderança das pesquisas e a eventual eleição. A rejeição de Boulos, embora em empate técnico com a de Nunes, é um fator de preocupação. A estratégia de apresentá-lo de forma mais humanizada e acessível é uma tentativa clara de amenizar essa rejeição.
No entanto, Boulos não está imune a críticas e ataques de seus adversários. Pré-candidatos do campo da direita, como Kim Kataguiri (União Brasil), Ricardo Salles (PL) e Marina Helena (Novo), exploram negativamente o passado do pré-candidato, ligando-o a termos como desordem, criminalidade, extremismo e inexperiência. Até mesmo Tabata Amaral (PSB), que disputa com Boulos parte do eleitorado progressista, tem feito críticas ao pré-candidato.
Fica claro que a pré-campanha de Boulos à Prefeitura de São Paulo promete ser uma batalha árdua, com desafios a serem enfrentados e estratégias a serem refinadas. Resta aguardar como essas ações irão impactar a opinião pública e as intenções de voto, em um ambiente político tão polarizado e instável como o que vivemos atualmente.
