Parcela significativa de eleitores de Bolsonaro rejeita vacinas contra Covid-19 e imunizações infantis, revela pesquisa

Reportagem destaca a rejeição de vacinas entre eleitores de Bolsonaro

Uma recente reportagem da jornalista Ana Bottallo revela dados preocupantes sobre a rejeição de vacinas entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os números indicam que uma parcela significativa desses eleitores não apenas rejeita as vacinas contra a Covid-19, mas também as imunizações que as crianças brasileiras recebem há décadas.

Segundo a pesquisa, apenas 38,7% dos eleitores de Bolsonaro concordam com a vacinação infantil contra a Covid-19, enquanto entre os eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esse número é de 76,4%. Além disso, 92,1% dos eleitores de Lula concordam com a vacinação de crianças contra sarampo e paralisia infantil, enquanto esse número cai para 83,6% entre os eleitores de Bolsonaro.

Esses dados revelam uma tendência preocupante de negacionismo e desinformação entre os eleitores do ex-presidente. Ao contrário do que se imaginava, a rejeição às vacinas não é apenas restrita a um grupo pequeno de pessoas com concepções equivocadas sobre saúde natural. Na verdade, o bolsonarismo conseguiu criar um movimento antivacinação de massa em poucos anos de pandemia, algo que não era observado no país desde a Revolta da Vacina, ocorrida no século passado.

Deve-se ressaltar que o declínio na cobertura vacinal nos últimos anos já era motivo de preocupação, mas era atribuído principalmente a questões logísticas e à falta de conscientização por parte de alguns pais mais jovens. No entanto, a campanha de difamação das vacinas durante a pandemia, disseminada principalmente por seguidores de Bolsonaro, contribuiu significativamente para o aumento do antivacinalismo no país.

É importante lembrar que a vacinação é uma forma de proteção coletiva. A recusa de uma parcela dos pais em vacinar seus filhos contra doenças como sarampo e paralisia infantil compromete a eficácia da imunização em toda a comunidade. Um exemplo disso é o sarampo, uma doença altamente transmissível que só pode ser controlada com uma cobertura vacinal alta. Negligenciar a vacinação contra o sarampo pode levar a surtos da doença e colocar em risco a vida de muitas crianças, como ocorreu com a Covid-19.

É lamentável que a negação da ciência e a disseminação de informações falsas continuem a ter efeitos prejudiciais mesmo após o fim do governo Bolsonaro. Os danos causados por essas atitudes podem perdurar por muitos anos, principalmente entre os mais vulneráveis. É fundamental que a sociedade brasileira esteja ciente desses dados e se engaje na luta contra o antivacinalismo, promovendo a informação correta e a conscientização sobre a importância da vacinação.

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