O diário Le Parisien também destacou a influência de Delors em projetos de solidariedade, salientando seus esforços em prol de iniciativas aplicadas nas regiões mais pobres do continente, como o Programa Europeu de Ajuda aos Desfavorecidos e a Reforma Agrícola Comum. O jornal ressaltou que esse comportamento se originava de sua carreira no sindicalismo, tendo sido parte das maiores centrais sindicais na França.
Além disso, o Le Parisien lembrou que Delors conheceu sua esposa, Marie, no sindicato do Banco Central da França. Dessa união, nasce a filha Martine Aubry, que se tornou ministra, líder do Partido Socialista e atual prefeita de Lille, no norte da França.
O jornal conservador Le Figaro também prestou homenagens a Delors, descrevendo-o como um “gigante da esquerda francesa e grande figura da construção europeia”. O diário destacou a devoção católica do político, que vivia sua fé no cotidiano, sem ostentação. Segundo o Le Figaro, Delors era seguidor da corrente do “personalismo comunitário”, que colocava o ser humano no centro de qualquer estratégia política. O jornal elogiou a modéstia em seus gostos e maneira de viver, descrevendo-o como um trabalhador dedicado, que amava o poder não por vaidade, mas como uma forma de fazer as coisas avançarem.
Em resumo, os jornais franceses destacaram a influência de Jacques Delors na política e na história da Europa, ressaltando sua importância em projetos de solidariedade e sua devoção católica, destacando a modéstia e a determinação que o caracterizavam.