O glúten, uma proteína encontrada nos cereais, é responsável por conferir elasticidade a massas de trigo, por exemplo. A química de alimentos Katharina Scherf destaca que, embora o glúten tenha propriedades funcionais excelentes na fabricação de pães, ele também pode desencadear doenças em algumas pessoas. Há três tipos comuns de intolerâncias ao trigo: alergia ao trigo, sensibilidade não celíaca ao glúten e doença celíaca.
A alergia ao trigo pode se manifestar através de sintomas como coceira e inchaço, sendo mais comum em crianças do que em adultos. Por outro lado, a sensibilidade não celíaca ao glúten pode causar dor abdominal, constipação e diarreia, afetando mais os adultos. Já a doença celíaca é uma condição genética que desencadeia uma reação autoimune no corpo, prejudicando a absorção de nutrientes.
O diagnóstico da doença celíaca e da alergia ao trigo pode ser realizado através de exames de anticorpos no sangue, embora a identificação da sensibilidade não celíaca ao glúten ainda seja um desafio. A única forma de aliviar os sintomas é evitando alimentos que contenham glúten, o que pode ser complexo devido à presença da substância em diversos produtos industrializados.
Apesar dos desafios de adotar uma dieta livre de glúten, os benefícios para aqueles com intolerância são claros, com a completa eliminação dos sintomas desagradáveis. Para aqueles sem alergia ou intolerância, o glúten não representa um problema e é seguro continuar desfrutando de alimentos que o contenham. A pesquisa na área tem avançado significativamente, levando a uma melhoria nos diagnósticos e tratamentos para aqueles com intolerância ao glúten.