Impeachment de Biden na Câmara pode não remover presidente, mas impacta eleições de 2024 e poderes republicanos.

Ontem, a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos votou a favor de propor o impeachment do presidente Joe Biden, sob a acusação de corrupção. A medida, no entanto, é considerada improvável de remover Biden do cargo, dada a maioria democrata no Senado.

De acordo com a legislação atual, mesmo que a Câmara vote pelo impeachment do presidente, o Senado teria que votar para condená-lo por uma maioria de dois terços, algo quase impossível em uma Casa onde os democratas de Biden têm uma maioria de 51 a 49. Portanto, a votação da Câmara foi vista como mais uma tentativa por parte dos republicanos de destacar suas alegações de corrupção contra Biden.

Vale ressaltar que a votação ocorre três meses após os republicanos iniciarem informalmente a investigação. Isso não é um passo necessário para remover um presidente ou outra autoridade do cargo, mas poderia dar aos republicanos mais autoridade legal para forçar a administração de Biden a cooperar e poderia ajudar a combater as acusações dos democratas que dizem que lhe falta legitimidade.

A figura de Donald Trump também foi citada no contexto do impeachment de Biden. Trump, favorito para a indicação presidencial republicana, sofreu impeachment duas vezes pela Câmara durante seu mandato, em 2020 por tentar pressionar a Ucrânia a anunciar uma investigação de corrupção sobre Biden, e em 2021, por tentar reverter sua derrota eleitoral. Ambas as tentativas fracassaram no Senado.

Apesar da votação, é esperado que a medida não avance significativamente no Senado, dada a maioria democrata. No entanto, a decisão da Câmara pode ajudar os republicanos a destacar suas alegações de corrupção ao longo da campanha de 2024, sendo assim um movimento político de grande repercussão.

A reportagem contou com a contribuição de Susan Heavey, Katharine Jackson, Moira Warburton, David Morgan, Rami Ayyub, Makini Brice, Nandita Bose, Eric Beech e Jarrett Renshaw.

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