O motivo por trás desse veto foi a tentativa de evitar confrontos com as Forças Armadas, especialmente após o avanço das investigações sobre a articulação golpista envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e militares que resultou nos ataques de janeiro de 2023. O Ministério dos Direitos Humanos já havia elaborado uma série de documentos e planos de comunicação para as ações relacionadas ao aniversário do golpe militar, incluindo convites a autoridades e a proposta de transformar antigos locais de tortura em memoriais.
Mesmo após o presidente vetar todas essas iniciativas, o Conselho Nacional de Direitos Humanos, órgão vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos, tomou medidas relacionadas à ditadura e enviou recados ao presidente Lula. O orçamento federal destinado às ações e políticas públicas envolvendo a promoção da anistia e da memória sobre a ditadura militar teve uma queda significativa de 96% em uma década, o que levantou preocupações sobre a preservação da história e da memória do país.
Essa situação gerou um debate intenso sobre a importância de lembrar e refletir sobre os períodos sombrios da história brasileira, especialmente em um momento em que o país passa por crises políticas e institucionais. A decisão do presidente em vetar as ações relacionadas aos 60 anos do golpe militar causou impacto e gerou críticas, ressaltando a importância de preservar a memória e garantir que fatos históricos não sejam esquecidos.