Fuga de presos ligados ao PCC em presídio federal causa suspensão de banhos de sol e visitas; dois foram incluídos na lista vermelha da Interpol.

Na última quarta-feira (14), dois presos conseguiram escapar da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), por meio do teto das celas. A fuga foi realizada por Rogério da Silva Mendonça, 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, também conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”, que têm ligações com a organização criminosa PCC. As investigações preliminares estão em andamento, conduzidas pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) e pela Polícia Federal.

Em resposta aos acontecimentos, o Ministério da Justiça e Segurança Pública suspendeu banhos de sol, visitas sociais e de advogados nos presídios federais. A suspensão vale para os dias 15 e 16 de fevereiro, enquanto é realizada uma revisão de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais.

Além disso, os fugitivos foram incluídos na lista vermelha da Interpol, o que permite que sejam procurados fora do Brasil. Em entrevista, o secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, não forneceu detalhes sobre a investigação, mas assegurou que os detentos serão recapturados e voltarão para as celas de segurança máxima, podendo ser transferidos para outra unidade de detenção federal.

Segundo as investigações, por volta de 3h, os presos conseguiram sair pelo teto das celas, arrancando uma estrutura metálica de alumínio e cabos de energia ligados à iluminação. Ao chegarem ao pátio, utilizaram uma ferramenta cortante para romper um alambrado e efetivar a fuga. Suspeita-se que a ferramenta cortante tenha sido obtida do canteiro de obras de uma reforma em andamento no presídio.

Essa é a primeira fuga de uma penitenciária de segurança máxima no país. Além de Mossoró, o governo federal administra outras quatro unidades em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília.

Quanto aos fugitivos em questão, Rogério da Silva Mendonça responde a mais de 50 processos, incluindo crimes de homicídio e roubo, e está condenado a 74 anos de prisão. Já Deibson Cabral Nascimento é associado a mais de 30 processos, respondendo por crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e roubo, e tem 81 anos de prisão em condenações.

As autoridades seguem empenhadas na recaptura dos fugitivos e na identificação de possíveis falhas de segurança que permitiram a fuga. A população foi alertada sobre a inclusão dos indivíduos na lista vermelha da Interpol, reforçando a necessidade de cooperação para efetivar a prisão dos mesmos.

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