As baleias estavam em decomposição e foram rebocadas e ancoradas em uma parte do litoral de difícil acesso ao público, onde o processo de decomposição será finalizado naturalmente no ambiente marinho. A primeira baleia, localizada na quarta, tem cerca de 12 metros de comprimento, enquanto a segunda, encontrada na quinta, é um pouco menor e tem cerca de dez metros.
Além de fazer o rebocamento, a equipe coletou material biológico, como pele e músculos, para identificar a espécie. O oceanógrafo Hugo Gallo Neto, presidente do instituto, acredita tratar-se de baleias-de-bryde, conhecidas como baleias tropicais, que vivem entre a região costeira e a oceânica, se alimentando de peixes e de pequenos crustáceos.
Entretanto, as baleias-de-bryde sofrem com os impactos da pesca, das mudanças climáticas e das alterações do ambiente marinho. Para o oceanógrafo, o procedimento de fundear e ancorar as baleias é importante para evitar os riscos e os prejuízos que um animal desse, no lugar errado, pode causar.
“Elas podem ser um grande problema quando vão parar em uma praia. Além de apresentarem um risco à navegação, com a possibilidade de colisão de embarcações à noite, porque não são detectadas no radar, podem trazer problemas à saúde humana, com o risco de doenças em uma praia movimentada, populosa e habitada, prejuízo ao turismo e comércio local, principalmente nesta época do ano onde é grande o fluxo de pessoas no litoral”, afirmou o oceanógrafo.
Ainda não foi possível definir a causa das mortes das baleias, pois o estado em que foram encontradas torna difícil essa informação. Segundo o biólogo Manuel da Cruz Albaladejo, do Instituto Argonauta, não foram encontrados indicativos de contato com rede de pesca. As baleias encontradas são um alerta para a preservação marinha e a necessidade de medidas para proteger esses animais e garantir sua segurança e bem-estar. A equipe continuará investigando e monitorando a situação para entender melhor as causas dessas mortes e buscar formas de prevenção para proteger a vida marinha. O caso continua sendo acompanhado pelas autoridades locais e por instituições de proteção ambiental.