As acusações indicam que os crimes teriam ocorrido a partir de 2021, quando Lélis teria oferecido serviços a imigrantes em busca de green cards, o visto necessário para permanecer nos Estados Unidos. Ela teria entregue certificados falsos com numerações inventadas, após receber pagamentos de aproximadamente US$ 135 mil, cerca de R$ 657 mil. A Justiça americana também apontou que ela não possui autorização para advogar no país e que o dinheiro arrecadado teria sido utilizado na reforma de sua residência em Arlington, no Texas.
Em resposta, Patrícia Lélis nega as acusações e afirma que já deixou os Estados Unidos, se considerando uma exilada política. Ela alega ter sido vítima de perseguições e falsas acusações por não aceitar se tornar um bode expiatório. A jornalista também afirmou que “roubou” todas as provas que pôde para garantir sua segurança.
Patrícia Lélis se tornou conhecida em 2016, quando denunciou o pastor e então deputado Marco Feliciano por crimes de estupro, lesões corporais, sequestro, cárcere privado, ameaças e corrupção de testemunha. O inquérito foi arquivado dois anos depois. Ela também foi ré em São Paulo por suposta tentativa de extorsão contra um chefe de gabinete de Feliciano.
Além disso, a jornalista também denunciou o deputado Eduardo Bolsonaro por ameaças, após o qual ela alegou insegurança no Brasil e partiu para o Texas.
As acusações contra Patrícia Lélis têm gerado controvérsias e atraído atenção da mídia. O desenrolar desse caso certamente continuará a ser acompanhado de perto. O FBI segue em busca da jornalista enquanto ela se declara exilada política em local desconhecido.