Por outro lado, as autoridades albanesas defendem o pacto, argumentando que ele está de acordo com tratados anteriores assinados com a Itália e está em conformidade com o direito internacional e a constituição do país. Segundo as autoridades locais, a Itália ficará responsável pelo financiamento da construção dos centros, das infraestruturas necessárias e também pelas despesas relacionadas à segurança e cuidados médicos dos requerentes de asilo.
A situação migratória na Europa tem sido um tema sensível nos últimos anos, com a chegada de um grande número de migrantes às costas dos países europeus. A líder do partido de extrema direita Irmãos da Itália, Giorgia Meloni, assumiu o cargo de chefe de governo em 2022 com a promessa de impedir a entrada de barcos de migrantes vindos do Norte da África. No entanto, o número de chegadas aumentou significativamente, passando de cerca de 105 mil desembarques em 2022 para quase 158 mil no ano passado, de acordo com dados oficiais.
Enquanto isso, no Reino Unido, o primeiro-ministro Rishi Sunak conseguiu aprovar um projeto de lei que prevê a deportação de estrangeiros em situação ilegal para Ruanda. A iniciativa enfrenta resistência na Câmara dos Lordes, que considerou Ruanda um destino inseguro para os refugiados. Os conservadores, que não têm maioria na Câmara, ainda terão que enfrentar o desafio de conseguir a aprovação do projeto.
Diante dessas polêmicas e debates, a questão migratória continua a ser um tema complexo e delicado na Europa, com diferentes abordagens e opiniões sobre como lidar com a chegada de migrantes e refugiados.