Comissão aprova projeto que classifica LGBTcídio como crime hediondo e aumenta pena para homicídio qualificado, com relatora Erika Kokay.

Na última sexta-feira (05/07/2024), a Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 7292/17, de autoria da deputada Luizianne Lins (PT-CE), que tem como objetivo considerar o LGBTcídio como homicídio qualificado. A relatora do projeto, deputada Erika Kokay (PT-DF), expandiu a proposta original para incluir como vítimas do LGBTcídio os homossexuais, bissexuais, transexuais, travestis e intersexos, quando o crime é motivado por preconceito sexual, de gênero ou comportamento social.

O projeto, batizado de Lei Dandara em homenagem à travesti Dandara dos Santos brutalmente assassinada em Fortaleza (CE) em 2017, altera tanto o Código Penal quanto a Lei de Crimes Hediondos. A principal mudança ao classificar o LGBTcídio como crime hediondo é a pena mais rigorosa imposta a quem comete esse tipo de crime, sendo de reclusão de 12 a 30 anos, em comparação com a reclusão de 6 a 20 anos para homicídios simples.

Erika Kokay enfatizou a necessidade de o Parlamento assumir sua responsabilidade constitucional de definir esse tipo penal para proteger um quarto da população que faz parte do grupo LGBTI e que infelizmente sofre com a escalada de violência. Ela ressaltou que a mudança no Código Penal é crucial para pôr fim a essa realidade de descalabro e para garantir a proteção de todos os cidadãos, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

O próximo passo para o Projeto de Lei é a análise pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e posteriormente a votação no Plenário da Câmara dos Deputados. Caso aprovado, o projeto seguirá para apreciação no Senado Federal. A iniciativa visa combater atos de violência motivados por preconceito e discriminação, reforçando a proteção legal aos cidadãos do grupo LGBTI.

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