Um dos casos emblemáticos que evidenciam a gravidade da situação ocorreu em Franco da Rocha, onde sete membros de uma mesma família perderam suas vidas em um trágico deslizamento de terra no ano de 2022. Além disso, cidades como Mauá, localizada na região do Grande ABC, também foram identificadas como áreas de alto risco para desastres naturais.
O levantamento realizado não abrange a capital paulista, que terá uma plataforma de riscos naturais própria. Dessa forma, o governo estadual pretende melhorar a capacidade de prevenção e resposta a eventos climáticos adversos.
Um dos enfoques do programa antidesastre será o Litoral Norte, região que foi palco da maior tragédia natural da história de São Paulo. Com um investimento de R$ 2,5 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento, o projeto busca desenvolver ferramentas de identificação e alerta para eventos climáticos que possam causar danos significativos.
A tecnologia apresentada pelo Instituto de Pesquisas Ambientais, que permite o monitoramento em tempo real de áreas de risco, combina dados de satélites, informações meteorológicas e oceanográficas. Essa abordagem integrada visa não apenas alertar para possíveis desastres, mas também auxiliar na definição de políticas públicas eficazes de prevenção e enfrentamento.
Com uma base de dados que abrange eventos climáticos ocorridos entre 1991 e 2022, o sistema de monitoramento oferece informações valiosas para a tomada de decisões. A expectativa é que, no futuro, o acesso a esses dados seja aberto ao público em geral, permitindo uma maior transparência e colaboração na gestão de riscos naturais.
Diante desse panorama, a importância de investir em medidas preventivas e de monitoramento contínuo se torna cada vez mais evidente. A segurança e o bem-estar da população de São Paulo dependem de uma atuação eficaz na gestão dos riscos naturais que ameaçam a cidade.