O general explicou que no dia 31 de dezembro de 2022, à meia-noite, deixou de ser ministro de Estado e não teve mais contato com servidores do GSI ou da Presidência da República. Portanto, segundo ele, não tem informações suficientes para prestar os esclarecimentos solicitados.
Durante seu discurso, Heleno ressaltou que nunca tratou de assuntos eleitorais ou político-partidários com seus subordinados no GSI. Ele enfatizou que não houve clima para esse tipo de discussão.
Em relação ao acampamento de militantes bolsonaristas que se instalou em frente ao quartel-general (QG) do Exército, em Brasília, o general afirmou que essa questão não era responsabilidade do GSI e que ele nunca esteve presente no acampamento.
No entanto, nesta segunda-feira (25), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, garantiu ao general o direito de ficar em silêncio diante dos questionamentos dos parlamentares caso suas respostas possam resultar em prejuízo ou autoincriminação. Zanin também determinou que Heleno possa ser assistido por advogados durante o depoimento.
A defesa do ex-chefe do GSI havia solicitado que ele não fosse obrigado a comparecer à CPMI, alegando que o general estava sendo convocado como testemunha, mas era alvo de acusações nos requerimentos de convocação e, portanto, deveria ser tratado como investigado. Entretanto, essa argumentação não foi acatada por Zanin.
O depoimento do general Augusto Heleno continua ocorrendo no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado. Mais informações serão fornecidas em breve.
Essa reportagem foi escrita por Janary Júnior e editada por Natália Doederlein.