O projeto elaborado pelo deputado Danilo Forte não visa alterar o número total de deputados (513) nem os números mínimo e máximo (8 e 70 respectivamente), apenas redistribuir as vagas entre os estados. Com a proposta em questão, alguns estados perderiam deputados, enquanto outros ganhariam. Por exemplo, São Paulo manteria seus 70 deputados, enquanto estados como Pará e Santa Catarina ganhariam quatro deputados cada.
Durante a audiência, ficou evidente a complexidade e a polarização do debate entre os parlamentares. O deputado Kim Kataguiri, representante da União-SP, criticou a situação de seu estado, que continuaria com 70 deputados, quando, de acordo com a proposta, deveria ter 112. Ele ressaltou que a proposta atual prejudicaria a representatividade de seu estado em relação a estados com menor número de habitantes.
Flávio Pansieri, professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, expressou sua descrença em relação ao apoio social para o aumento do número geral de deputados, ressaltando que a discussão futura será desafiadora.
O enfrentamento da modificação dos números máximo e mínimo de representantes de cada estado brasileiro para formação da vontade política na Câmara dos Deputados será o principal desafio dos debates no Congresso Nacional. A diretora-geral do Tribunal Superior Eleitoral, Roberta Maia Gresta, defendeu uma distribuição que respeite os preceitos constitucionais, garantindo assim a igualdade e a representatividade de todos os cidadãos.