Um dos projetos mencionados foi o PL 1773/22, que visa combater o suicídio de crianças e adolescentes, e o PL 4724/23, que busca promover a saúde mental dos profissionais da saúde. Campos salientou a necessidade de novas legislações para garantir a saúde mental e prevenir casos de suicídio.
Durante o evento, a fundadora do Instituto Vita, Karen Scavacini, pontuou a importância da sensibilidade na abordagem do tema pelo meio de comunicação. Ela alertou para os riscos da romantização das notícias de suicídio, citando exemplos negativos de veiculações midiáticas. Scavacini recomendou diretrizes para a cobertura jornalística responsável desse assunto, como evitar fotos grandes e detalhes explícitos, e priorizar relatos de superação e entrevistas com especialistas.
Além disso, a especialista destacou a relevância dos usuários de internet na prevenção ao suicídio, orientando para a não divulgação de cenas ou detalhes relacionados a casos suicidas. Dados do Ipea apontam que a cobertura midiática do suicídio pode influenciar negativamente as taxas de casos, mas, se abordada de forma correta, pode auxiliar na conscientização e prevenção.
Na esfera das redes sociais, Gabriela de Almeida, diretora de relações institucionais do Redes Cordiais, ressaltou a importância do equilíbrio no tempo dedicado às plataformas digitais e a forma como o conteúdo impacta a saúde mental. Ela recomendou cancelar notificações excessivas e manter um uso saudável das redes.
Para fortalecer as ações de prevenção ao suicídio, a Lei 13.819/19 e a Portaria 2.493/20 estabeleceram diretrizes nacionais de prevenção da automutilação e do suicídio. Naísa Sá, coordenadora do Ministério da Saúde, destacou a importância do debate para aprimorar as estratégias de prevenção no país.
As palestras realizadas sobre o tema estarão disponíveis na página da Frente Parlamentar Mista para Promoção da Saúde Mental. O evento reuniu especialistas, parlamentares e representantes da sociedade civil em prol da conscientização e prevenção do suicídio. A discussão é essencial para criar uma abordagem responsável e acolhedora em relação a um assunto tão delicado e urgente em nossa sociedade.