Durante a discussão, foi ressaltada a relevância dos vínculos afetivos estabelecidos entre as famílias acolhedoras e as crianças, que são fundamentais para o desenvolvimento saudável dos acolhidos. Atualmente, no Brasil, apenas 7% das crianças e adolescentes acolhidos estão em famílias acolhedoras, enquanto o restante encontra-se em abrigos institucionais.
Um dos participantes do programa, José Carlos Carapina, compartilhou sua experiência emocionante com um bebê de poucos meses com deficiência, ressaltando o amor incondicional e a importância do acolhimento familiar. Segundo ele, essa experiência de acolher uma criança em situação de vulnerabilidade é algo que marca para sempre.
Além disso, a coordenadora do serviço em Sapopema, Helida Santin, destacou as vantagens do acolhimento familiar em comparação com o acolhimento institucional, enfatizando o custo menor e a atenção individualizada proporcionados pelas famílias acolhedoras.
Por fim, a conselheira do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Débora Vigevani, ressaltou a importância da mobilização para aumentar o número de famílias acolhedoras, sugerindo estratégias como anúncios em ônibus, jornais e aplicativos de celular.
O programa Família Acolhedora, que faz parte do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), pode ser executado tanto pelo governo quanto em parceria com organizações da sociedade civil. Para mais informações sobre o programa, o site familiaacolhedora.org.br reúne materiais e publicações relevantes.
A audiência na Câmara dos Deputados evidenciou a importância de fortalecer e ampliar o programa Família Acolhedora, visando garantir um acolhimento mais afetivo e adequado para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade no país.