A presidente do colegiado, deputada Socorro Neri (PP-AC), em entrevista à Rádio Câmara, destacou a gravidade da situação, enfatizando os impactos das enchentes e secas extremas que ocorreram nos últimos meses. Ela também levantou a possibilidade de ação criminosa por trás das queimadas, que estão sendo investigadas.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de focos de incêndios registrados nos últimos dias é o maior dos últimos 14 anos. Um exemplo disso é São Paulo, onde os incêndios deixaram 48 cidades do interior em alerta máximo, com mais de 20 mil hectares já queimados e um prejuízo estimado em torno de R$ 1 bilhão.
Socorro Neri ressaltou que a Amazônia já enfrenta problemas semelhantes há algum tempo e, com a chegada da emergência climática à região Sudeste, a questão pode ganhar mais visibilidade. Ela enfatizou a importância de investir em prevenção, fiscalização e apoiar pequenos agricultores para abandonarem práticas que utilizam fogo para preparar o solo.
Além disso, a deputada destacou a necessidade de um debate sério e baseado em evidências no Congresso Nacional, deixando claro que a educação ambiental e o combate ao negacionismo climático são fundamentais para lidar com a crise das queimadas no país. A Comissão de Mudanças Climáticas já vem realizando um trabalho nesse sentido.
Diante do cenário preocupante, é essencial que medidas eficazes sejam adotadas para controlar as queimadas e preservar o meio ambiente. A atuação conjunta dos poderes públicos, da sociedade civil e do setor produtivo se faz necessária para enfrentar esse desafio ambiental.