Para Manoel Jesus Vieira de Matos, enfermeiro aposentado, a reinstalação da maquete representa o resgate da história e da cidadania, destacando a importância da arte para uma cidadania plena. Ele ressaltou a importância do acesso de todos os cidadãos, não apenas dos deficientes visuais, à experiência tátil de conhecer o Congresso Nacional.
O projeto contou com parcerias, incluindo a do ensino especial do Distrito Federal, que têm contribuído para a viabilização de tecnologias de acessibilidade, como libras, áudios e legendas em braile. O professor Deusdede Marques de Oliveira, do Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais na 612 sul de Brasília, explicou que a parceria visou promover a descrição completa das obras em QR code, em braile, permitindo que as pessoas com deficiência visual tenham acesso autônomo e pleno às obras.
Algumas das obras de arte atingidas pelo projeto incluem o mural “Ventania”, de Athos Bulcão, o painel “Candangos”, de Di Cavalcanti, e a escultura “Anjo”, de Alfredo Ceschiatti, proporcionando uma experiência inclusiva para o público interessado em conhecer a Câmara dos Deputados.
O deputado Haroldo Cathedral (PSD-RR) destacou que o evento coincide com os 15 anos da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, promulgada pelo Brasil em 2009. O projeto, realizado pela Coordenação de Acessibilidade e pela Equipe de Turismo Cívico e Receptivo Institucional, teve início no ano anterior e contou com estudos detalhados e a participação de pessoas com diferentes tipos de deficiência.
As próximas etapas do projeto incluem ampliar a acessibilidade de comunicação para as obras de arte em todo o edifício principal e anexos. O programa de visitação do Congresso Nacional, que recebe mais de 15 mil visitantes por mês, oferece agendamentos online para visitas.
Em síntese, a reinstalação da maquete tátil do Congresso Nacional representa um passo importante para promover a acessibilidade e tornar o ambiente legislativo mais inclusivo para todos os cidadãos.
