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Nova lei cria o Sistema Brasileiro de Certificação de Hidrogênio para impulsionar indústria de baixa emissão de carbono

Na tarde de sexta-feira, dia 5 de agosto de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.948/24, que institui o marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono. Essa nova legislação traz uma série de iniciativas para incentivar o desenvolvimento da indústria do hidrogênio no Brasil, visando uma matriz energética mais limpa e sustentável.

Um dos principais pontos da lei é a criação do Regime Especial de Incentivos para Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Rehidro), que oferecerá incentivos fiscais e econômicos para as empresas que atuam nesse setor. Tais incentivos terão validade por cinco anos, a partir de 2025, promovendo assim um ambiente favorável ao crescimento e à inovação nessa área.

O Projeto de Lei 2308/23, de autoria do deputado Gilson Marques (Novo-SC), deu origem a essa nova legislação, que já foi publicada no Diário Oficial da União. Além do Rehidro, a lei também estabelece o Sistema Brasileiro de Certificação de Hidrogênio (SBCH2), que define a estrutura, governança e competências necessárias para garantir a qualidade e a sustentabilidade do hidrogênio produzido no país.

Outro aspecto importante da lei é a definição da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) como a responsável pela regulação do setor de hidrogênio. Além disso, a legislação estabelece um limite máximo de intensidade de emissões de carbono para o hidrogênio produzido no Brasil, privilegiando fontes de energia renovável e de baixa emissão.

No entanto, a nova lei foi sancionada com vetos em relação aos artigos que criavam e regulavam o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC). O governo justificou os vetos alegando que os dispositivos criavam incentivos fiscais que violavam regras financeiras e orçamentárias, podendo gerar insegurança jurídica.

Agora, caberá aos deputados e senadores analisarem os vetos e decidirem se os mantêm ou os derrubam. Enquanto isso, o Brasil se prepara para entrar em uma nova era de produção e uso de hidrogênio como fonte de energia limpa e sustentável.

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