Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, é suspeito de comprometer as investigações do caso e está detido há quase quatro meses. Durante o depoimento, ele afirmou que sua indicação para a chefia da Polícia Civil não foi influenciada pelos irmãos Brazão e negou ter tido qualquer contato com eles antes de sua prisão.
Ao longo do depoimento, Barbosa ressaltou a importância de combater as milícias no Rio de Janeiro, classificando-as como um “câncer” que causa mortes na região, incluindo as de Marielle e Anderson. Ele defendeu o trabalho do delegado Giniton Lages, responsável por prender Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora e de seu motorista.
Durante o depoimento, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) questionou Barbosa sobre possíveis ações da polícia que teriam dificultado as investigações. Barbosa refutou as acusações e afirmou que sua prioridade sempre foi a busca pela verdade e pela justiça.
Outras testemunhas, como o vereador Willian Coelho e o ex-deputado Paulo Sérgio Ramos Barboza, também foram ouvidas, expressando surpresa com o envolvimento dos irmãos Brazão no caso. Coelho destacou a postura educada e respeitosa de Chiquinho Brazão durante seu mandato como vereador, enquanto Barboza defendeu a presunção de inocência do deputado.
O presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto Júnior, confirmou que Chiquinho Brazão será ouvido pelo conselho no dia seguinte, juntamente com outros envolvidos no caso. A reunião continuará a investigação sobre o suposto envolvimento dos irmãos Brazão no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.
A busca pela verdade e pela justiça continua a guiar as investigações do caso, que causou comoção e levantou questionamentos sobre a atuação das autoridades e dos políticos envolvidos. A sociedade espera respostas e a responsabilização dos culpados, para que casos como o assassinato de Marielle e Anderson não se repitam.