Tráfico de Pessoas em Alta no Brasil: Projeto de Lei para Coibir o Crime é aprovado na Câmara dos Deputados

Na última quinta-feira, dia 27 de junho de 2024, a Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 5823/23, de autoria do deputado Luiz Couto (PT-PB), que tem como objetivo combater o tráfico interno e internacional de pessoas no Brasil. O relator da proposta, deputado Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), destacou a importância de coibir essa prática criminosa que tem aumentado significativamente no país nos últimos anos.

O texto aprovado modifica diversas leis, como o Código Penal, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei dos Crimes Hediondos, com medidas que tornam o crime de tráfico de pessoas como hediondo, ampliam as penas para o aliciamento para o trabalho análogo a escravo, proíbem a intermediação de pessoas físicas em processos de adoção internacional, entre outras ações.

Alexandre Lindenmeyer ressaltou que o tráfico de pessoas é um crime que vem crescendo anualmente no Brasil, e que é fundamental combater essa prática com urgência. Segundo ele, a vulnerabilidade socioeconômica e a falta de oportunidades de emprego têm deixado as pessoas mais suscetíveis à atuação de redes criminosas, conforme apontado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime.

Além das medidas de combate ao tráfico de pessoas, o projeto também traz novas regras para aumentar a proteção de crianças e adolescentes no trabalho, tanto no Brasil quanto no exterior. Entre elas, está a proibição de qualquer trabalho para menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz a partir dos 14 anos, e a exigência de autorização dos responsáveis e do juiz da vara da infância para que menores entre 16 e 18 anos possam trabalhar fora do país.

O PL 5823/23 seguirá para análise das comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), antes de ser votado no Plenário da Câmara dos Deputados e, posteriormente, no Senado Federal, para então se tornar lei. A proposta conta com o apoio do relator e de outras autoridades, que buscam fortalecer as políticas de combate ao tráfico de pessoas e à exploração de menores no Brasil.

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