Projeto de Lei propõe informações obrigatórias sobre aborto legal em serviços de saúde para vítimas de violência sexual.

A deputada Erika Hilton apresentou o Projeto de Lei 1031/24, que visa obrigar os serviços públicos de saúde a disponibilizarem informações sobre aborto legal para as vítimas de violência sexual. A proposta também determina que o Sistema Único de Saúde (SUS) e as secretarias de saúde dos estados, municípios e do Distrito Federal ofereçam dados atualizados, confiáveis e livres de estigmas sobre aborto legal e saúde sexual e reprodutiva em seus websites.

Os serviços públicos de saúde abrangidos pela medida incluem hospitais, unidades básicas de saúde, delegacias especializadas em atendimento à mulher, centros de referência de assistência social, conselhos tutelares e outros estabelecimentos que acolhem e assistem as vítimas de violência sexual.

A proposta tem como objetivos principais garantir o acesso ao aborto legal para vítimas de violência sexual, combater desinformações sobre o tema e eliminar as barreiras institucionais que dificultam o acesso ao aborto legal. Além disso, prevê a abertura de um processo administrativo contra qualquer agente público que discriminar aqueles que buscam informações sobre aborto legal.

A deputada Erika Hilton ressalta que o acesso à informação sobre saúde sexual e reprodutiva, especialmente sobre aborto legal, é um direito fundamental assegurado pela Constituição e por acordos internacionais. No entanto, ela aponta que existem barreiras institucionais no Brasil que dificultam esse acesso, como a falta de informações confiáveis sobre o procedimento.

O Projeto de Lei 1031/24 agora aguarda análise das comissões de Defesa dos Direitos da Mulher, de Saúde e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, a proposta também precisa ser aprovada pelo Senado. A iniciativa busca garantir a informação e o acesso ao aborto legal de forma segura e sem preconceitos.

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