Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia, destacou que as tecnologias incorporadas pelo SUS deveriam estar disponíveis em todos os hospitais, mas isso não tem sido uma realidade. Ela ressaltou a importância de garantir o acesso a tratamentos eficazes para garantir a cura e evitar recidivas da doença. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) aprovou novos protocolos clínicos para o câncer de mama, mas a demora na oferta desses medicamentos preocupa.
Outro ponto abordado durante a audiência foi a defasagem nos valores dos medicamentos na Autorização de Procedimentos Ambulatoriais (Apac). Joana Jeker, da Femama, alertou que o valor de reembolso dos hospitais pela Apac não condiz com os custos reais dos medicamentos, o que tem impactado o acesso dos pacientes aos tratamentos necessários.
Além disso, o debate também envolveu a disponibilidade de recursos e a estrutura da rede hospitalar para garantir o acesso aos tratamentos. Henrique Vogado, do Conass, destacou a importância de investimentos adequados para garantir um tratamento eficaz e oportuno para as pacientes com câncer de mama.
Diante das discussões, representantes do Ministério da Saúde e do Tribunal de Contas da União (TCU) se comprometeram a trabalhar em conjunto para buscar soluções que melhorem o acesso aos tratamentos oncológicos no SUS. A expectativa é que novas medidas sejam adotadas para garantir que as pacientes tenham acesso a um tratamento de qualidade e eficaz contra o câncer de mama.