Comissão especial aprova substitutivo da PEC 44/23 que destina recursos de R$9 bilhões para combate a desastres naturais.

A Comissão Especial que analisou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 44/23, sobre recursos orçamentários para o combate a desastres, teve uma importante aprovação nesta quarta-feira (19). O relator da proposta, deputado Gilson Daniel (Pode-ES), apresentou um substitutivo que foi aprovado e agora segue para análise do Plenário da Câmara dos Deputados em dois turnos de votação, antes de seguir para o Senado Federal.

A principal novidade do texto aprovado é a destinação de recursos das emendas individuais de parlamentares e das bancadas dos estados e do Distrito Federal para ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação de desastres. Esses recursos serão utilizados de acordo com o previsto na Política Nacional de Proteção e Defesa Civil.

Além disso, o substitutivo prevê a alocação de recursos para o Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil (Funcap), garantindo um montante mínimo igual ao destinado pelas emendas para as ações de preparação, mitigação e prevenção de desastres.

O relator, Gilson Daniel, destacou a importância desses recursos para o enfrentamento de desastres no Brasil e ressaltou que, com a inclusão da fonte de recursos no substitutivo, será possível garantir uma quantia significativa, podendo chegar a R$ 9 bilhões.

Outra alteração relevante no texto foi a dispensa da celebração de convênios para o repasse dos recursos da União para estados, Distrito Federal e municípios, assegurando o acompanhamento e fiscalização do uso desses recursos.

O deputado Bibo Nunes (PL-RS), autor da PEC original, ressaltou a importância da aprovação da matéria, destacando que desastres e enchentes não têm partido, mas sim empatia e solidariedade. A proposta original estabelecia a reserva de 5% do valor das emendas para enfrentamento de catástrofes e emergências naturais, com repasse para órgãos federais competentes.

Com essas mudanças, a PEC 44/23 visa trazer uma fonte robusta de recursos para a prevenção e resposta a desastres naturais no Brasil, reforçando a importância de ações coordenadas e eficazes nesse sentido. A aprovação do substitutivo representa um avanço significativo na proteção da população e na mitigação dos impactos causados por eventos adversos.

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