Deputados e especialistas presentes no evento concordaram que os eventos extremos, como as inundações, continuarão a acontecer e que é preciso adotar medidas urgentes para lidar com essas situações. Entre os pontos discutidos, estiveram a reconstrução das áreas afetadas, a necessidade de adaptação às mudanças climáticas, a redução de gases de efeito estufa, o plantio de árvores e a geração de empregos para as populações atingidas.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, destacou a importância de estratégias que envolvam não apenas o setor ambiental, mas também o planejamento urbano e a ocupação das cidades, especialmente nas áreas de risco. Segundo ele, políticas públicas equivocadas e processos de grilagem de terras têm contribuído para a ocupação desordenada de áreas vulneráveis.
O professor Rualdo Menegat, do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, alertou para a necessidade de repensar o desenvolvimento das comunidades urbanas, preparando-as para enfrentar os desafios que virão no futuro. A deputada Luciana Genro, do Psol, defendeu programas habitacionais que promovam a inclusão social e combatam a segregação espacial existente em cidades como Porto Alegre.
Além das questões habitacionais, a preocupação com o desemprego, especialmente entre os camelôs que perderam seus locais de trabalho devido às inundações, foi destacada durante a audiência. Fernanda Melchionna criticou o “negacionismo climático” e ressaltou a importância de ações imediatas para atender às necessidades básicas da população afetada.
Ao final do encontro, a deputada Talíria Petrone ressaltou a gravidade da situação, mencionando que muitas pessoas perderam tudo e que será necessário um esforço conjunto para garantir a recuperação e a reconstrução das comunidades atingidas. Ainda há muito a se fazer para restabelecer a normalidade e as doações e assistência às vítimas continuam sendo fundamentais neste momento de crise.