PEC 10/2023 que cria reajuste por tempo de exercício para servidores públicos da carreira jurídica será discutida em última sessão antes da votação.

Na tarde da próxima quarta-feira (8), o Plenário do Senado Federal realizará a quinta e última sessão de discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 10/2023, que tem como objetivo criar uma parcela mensal de valorização por tempo de exercício para servidores públicos da carreira jurídica, como juízes e promotores. A partir desta sessão, a matéria estará apta para ser apreciada em primeiro turno, com início marcado para as 14h.

A PEC 10/2023, apresentada pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi previamente aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e estabelece que o benefício não será limitado pelo teto constitucional, correspondente a 5% do subsídio para cada cinco anos de efetivo exercício, com limite de até 30%. O relatório favorável foi elaborado pelo senador Eduardo Gomes (PL-TO).

Para que a PEC siga para a Câmara dos Deputados, é necessário que seja discutida e votada em dois turnos, sendo considerada aprovada somente se obter no mínimo três quintos dos votos dos senadores em cada turno. O mesmo procedimento é adotado na Câmara, exigindo a aprovação de 308 deputados. Após as sessões de discussão, a PEC é promulgada pelo Congresso e incluída na Constituição como emenda constitucional.

Além da PEC em destaque, a pauta do Senado inclui outros projetos que aguardam deliberação, como o que propõe a criação da tarifa social de água e esgoto. Esta medida tem como finalidade possibilitar que famílias de baixa renda paguem menos pelo consumo de água.

O relator, senador Flávio Arns (PSB-PR), recomendou a aprovação do substitutivo da Câmara (PL 795/2024) baseado no texto original (PLS 505/2013), do senador Eduardo Braga (MDB-AM), que já havia sido aprovado pelo Senado em 2017. A tarifa social proposta será a metade do valor cobrado na menor faixa de consumo, aplicada aos primeiros dez metros cúbicos. O excedente será tarifado normalmente.

Segundo o relator, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) deve estabelecer critérios para definir a renda máxima das famílias beneficiadas pela tarifa social. Esta iniciativa visa garantir um consumo mais justo e acessível de água para a população de menor renda.

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