As doses da vacina estão sendo disponibilizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do estado. Para que a imunização seja realizada, é fundamental que os responsáveis pelas crianças estejam munidos da carteirinha de vacinação dos pequenos.
Um dado alarmante apontado pelo Ministério da Saúde é que o índice de vacinação contra a poliomielite tem apresentado queda desde 2016, último ano em que o país atingiu uma cobertura acima de 90%. Em 2022, o percentual de vacinação ficou em 72% em todo o Brasil.
No estado de São Paulo, esse número foi um pouco mais alto, chegando a 77,13% naquele mesmo ano. No entanto, em 2021, houve uma recuperação, elevando a taxa para 85,65%, conforme os registros do Painel de Monitoramento da Cobertura Vacinal do Ministério da Saúde.
Apesar da melhora, a cobertura vacinal ainda continua abaixo do ideal estipulado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), que preconiza a vacinação de 90% a 95% do público-alvo.
A queda na taxa de vacinação acende um alerta para a possível reintrodução do poliovírus no Brasil, que foi erradicado do país em 1994. Por essa razão, a campanha de vacinação se mostra essencial para mitigar esse risco, conforme explica Ligia Nerger, diretora de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
A poliomielite é uma doença altamente contagiosa que pode resultar em paralisia muscular, principalmente nos membros inferiores, de forma irreversível. Em casos mais graves, a infecção pode até levar à morte. A vacinação segue sendo a principal forma de prevenção contra o vírus, protegendo não somente as crianças, mas também contribuindo para a erradicação da doença.
