Necessidade de financiamento do Governo Geral avança para 7,6% do PIB em 2023, revela Boletim de Estatísticas Fiscais.

No último ano, a necessidade líquida de financiamento do Governo Geral teve um crescimento significativo, passando de 4% do PIB em 2022 para 7,6% do PIB em 2023. Essa informação foi divulgada pelo Tesouro através do Boletim de Estatísticas Fiscais do Governo Geral de 2023. Esse aumento é resultado do aumento nominal de 12,7% das despesas em relação ao ano anterior, em contrapartida a um aumento menor, de 3,1%, na receita no mesmo período.

De acordo com os dados divulgados, a maior parte da necessidade de financiamento concentra-se no Governo Central, representando 6,9% do PIB, com uma parcela de 0,9% dos governos estaduais. No entanto, os governos municipais possuem uma capacidade de financiamento de 0,2% do PIB. Esses números refletem o aumento das despesas em todas as esferas do governo, com destaque para os gastos com benefícios previdenciários e assistenciais, que tiveram um crescimento de 1,24 ponto do PIB.

No que diz respeito às receitas, houve uma queda no total da receita geral, passando de 39,5% do PIB em 2022 para 37,8% do PIB em 2023. Isso se deve a uma redução na arrecadação de impostos, contribuições sociais e outras receitas. No entanto, a capacidade líquida de financiamento dos governos municipais teve um aumento, derivado principalmente do crescimento da receita em relação ao ano anterior.

Em relação aos investimentos, o investimento líquido do Governo Geral se manteve estável em 0,4% do PIB em 2023. Esse resultado é positivo, marcando o segundo ano consecutivo em que o investimento líquido do governo registrou um valor positivo. Esses dados foram analisados pelo Tesouro, que ressaltou a importância de manter um equilíbrio entre receitas e despesas para garantir a saúde financeira do país.

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