Durante seu discurso, Girão fez referência a declarações atribuídas a Moraes em uma entrevista à CNN, onde o ministro teria expressado preocupação com o avanço conservador do Senado nas eleições de 2026 e o possível impacto disso na presidência da Casa em 2027. O senador questionou se tais atitudes são condizentes com o princípio democrático e alertou sobre os perigos de um Judiciário agindo de forma ditatorial.
Além disso, Girão mencionou a postura do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após as eleições de 2022, acusando o órgão de se comportar como um verdadeiro partido político ao proibir a divulgação de posicionamentos sobre temas sensíveis como o aborto e relações com ditadores. O senador enfatizou a importância de restabelecer o Estado democrático de direito e defendeu o papel do Senado Federal, que recentemente completou 200 anos, em abrir o processo de impeachment de um ministro do STF para garantir a democracia no Brasil.
Além das questões judiciais, Girão também abordou o caso do jornalista português Sérgio Tavares, que foi retido pela Polícia Federal no Aeroporto de Guarulhos em São Paulo. Tavares afirmou ter sido questionado sobre suas opiniões nas redes sociais relacionadas ao STF, vacinas e urnas eletrônicas, o que levantou preocupações sobre perseguição política e censura prévia. O senador criticou o monitoramento de 143 mil pessoas pela PF e citou casos de censura em redes sociais, como o banimento do aplicativo SpaceX no país.
Em meio a essas controvérsias, Girão ressaltou a importância da defesa das liberdades individuais e expressão, alertando para possíveis abusos e violações dos direitos dos cidadãos. O senador encerrou seu discurso com um apelo à proteção da democracia brasileira contra ameaças internas e externas, destacando a responsabilidade do Senado Federal neste processo.
