Especialistas entrevistados pela reportagem destacaram a influência das redes sociais nesse cenário, explicando o bom desempenho dos chamados “candidatos de opinião”, que não possuem uma base eleitoral territorial definida. Esses candidatos têm chances de se destacar novamente nas eleições municipais deste ano, com candidatos evangélicos despontando como potenciais eleitos para a Câmara Municipal.
Segundo a pesquisa do LAPPCOM, dentre os vereadores no exercício do mandato, a maioria dos mais votados há quatro anos não possui uma base eleitoral territorial consolidada, sendo considerados políticos de opinião. É o caso da vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL) e o vereador Fernando Holiday (PL), que representam extremos ideológicos, mas compartilham a ausência de uma base eleitoral concentrada.
Já os candidatos com forte concentração de votos em uma determinada área são chamados de “majoritários” e representam um perfil mais tradicional de político, atuando diretamente nos bairros por meio de associações locais. É o caso do vereador Milton Leite (União Brasil), presidente da Câmara Municipal de São Paulo, que possui uma base eleitoral expressiva em bairros da zona sul.
A influência das redes sociais tem sido fundamental nesse novo contexto político, favorecendo candidatos de opinião e possibilitando uma comunicação mais segmentada para nichos específicos. Candidatos evangélicos como Rute Costa (PL) têm se destacado nesse cenário, mobilizando apoio de uma base mais ampla e consolidando sua presença política.
Em resumo, o perfil do vereador paulistano tem passado por transformações significativas, acompanhando a evolução do cenário político e da relação com as redes sociais. Com a proximidade das eleições municipais, novos candidatos de opinião e tradicionais disputarão voto a voto a preferência dos eleitores paulistanos.
