O documento analisa a situação de 156 países e dedica cerca de cinco páginas para descrever a realidade brasileira. Uma das questões levantadas é o cenário político conturbado, com menção ao terceiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enfrentou uma tentativa de golpe de Estado. Além disso, 130 pessoas foram condenadas pelo Supremo Tribunal Federal por crimes como associação criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Outro ponto destacado é a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro até 2030, devido a uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral. O relatório também aborda violações de direitos em diversas áreas, como direitos econômicos, sociais e culturais, violência policial, impunidade, direitos das comunidades indígenas, entre outros.
Um dos episódios lamentáveis apontados pela Anistia Internacional foi o elevado número de mortes decorrentes de ações policiais na Bahia, no Rio de Janeiro e em São Paulo. A truculência da polícia durante as operações Escudo e Verão foi questionada por diversas organizações de direitos humanos, que denunciaram abusos e torturas cometidos por agentes de segurança.
A falta de investigação rápida e eficaz sobre casos de violência policial e impunidade também é motivo de preocupação. A Anistia destaca a necessidade de uma atuação mais efetiva por parte das autoridades para garantir a proteção dos direitos humanos no Brasil. A sociedade civil e as organizações de direitos humanos continuam pressionando por justiça e responsabilização dos culpados por violações.
