De acordo com Gil, os altos custos dos tratamentos oncológicos contribuem para a limitação de investimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) em outras áreas. O diretor ressaltou a necessidade de focar nos estágios iniciais da doença, nos quais a cura é possível e evita a necessidade de tratamentos crônicos mais onerosos e invasivos.
O deputado Weliton Prado (Solidariedade-MG), autor do requerimento para a audiência sobre a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, apresentou um projeto de lei que busca aumentar os recursos destinados ao combate da doença. O PLP 65/24 propõe que a União destine 4% do orçamento da saúde para a oncologia, enquanto os estados e municípios teriam que aplicar percentuais menores.
Prado enfatizou que, com esse aumento nos investimentos, seria possível elevar o valor destinado ao enfrentamento do câncer de aproximadamente R$ 4 bilhões para mais de R$ 13 bilhões, um acréscimo de quase 200%. O deputado se comprometeu a trabalhar para aprovar o projeto em regime de urgência.
Além disso, a presidente da Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília, Joana Jeker dos Anjos, sugeriu a criação de centros especializados em diagnóstico de câncer. Ela argumentou que a criação desses centros poderia reduzir o tempo de espera para o diagnóstico e início do tratamento, seguindo as diretrizes da Lei 13.896/19, que estabelece prazos máximos para essas etapas.
O debate reforçou a relevância do diagnóstico precoce e dos investimentos adequados para o combate efetivo do câncer, destacando a importância de medidas concretas para melhorar o acesso à saúde e os resultados dos tratamentos no Brasil.