A situação também mobilizou o empresário Guilherme Cardoso, de 29 anos, que tem se dedicado a resgates, recolhimento de donativos e auxílio na limpeza das residências atingidas pelas enchentes em Portão, município vizinho de Eldorado do Sul. A região enfrenta uma das maiores catástrofes climáticas da história do Rio Grande do Sul, com 83 vítimas fatais e milhares de desabrigados.
Redes de voluntários têm se organizado em grupos de aplicativos de mensagens para atuar como verdadeiras operações de guerra, com um forte senso de comunidade e solidariedade. Os desafios logísticos são imensos, com parte das comunidades só acessíveis por barco ou moto aquática e escassez de combustível para transporte de mantimentos e voluntários nas áreas alagadas.
Em Guaíba, moradores acolhem desabrigados em suas casas e montam uma rede de apoio aos afetados pelas enchentes. As fortes chuvas, que começaram na madrugada de quinta-feira, mobilizam a população em resgates e no atendimento às famílias abrigadas em escolas, ginásios e igrejas.
A solidariedade se espalha pela região metropolitana de Porto Alegre, onde moradores se mobilizam para apoiar os municípios vizinhos devastados pelas cheias dos rios. Em São Leopoldo, Guilherme Cardoso se deparou com um cenário de guerra ao ajudar no resgate de famílias ilhadas e no atendimento aos desabrigados.
Em meio à tragédia, histórias de superação e solidariedade surgem, como a da fisioterapeuta Lívia Gonçalves Rodrigues, que transformou sua casa em um centro de arrecadação e organização de donativos para as famílias desabrigadas. A população se une em um esforço conjunto para enfrentar a crise e ajudar aqueles que mais necessitam neste momento de calamidade.