O projeto, chamado de Nova Raposo, está ligado a uma nova rodada de concessões ao setor privado de trechos das rodovias Raposo Tavares, Castelo Branco, Livio Tagliassachi e Nelson Tranchesi, além de uma ligação entre Cotia e Embu das Artes. O cronograma prevê a assinatura do contrato para 2025 e a conclusão das obras em 2033, incluindo a implantação de 28 km de duplicações de pistas e 48 km de marginais. A cobrança de pedágio seria realizada somente após a finalização dos trabalhos.
No entanto, moradores e especialistas expressaram suas preocupações em relação aos impactos do projeto. Além do receio de remoções de árvores, desapropriações em massa e aumento no custo de vida com a cobrança de pedágio, há apreensão em relação ao trânsito, que poderia piorar com a obra. A comunidade local reivindica a demarcação de uma faixa exclusiva para ônibus e questiona a falta de diálogo e transparência do governo nas audiências públicas sobre o projeto.
Para o engenheiro especialista em trânsito Wladimir Bordoni, a ampliação da pista pode gerar congestionamentos, especialmente nas áreas de acesso ao centro expandido da capital. A gestão Tarcísio, no entanto, afirma que as marginais reduzirão o número de veículos que circulam pela Raposo Tavares, desafogando o tráfego.
Diante das divergências e protestos da população, o governo estadual garantiu que as questões ambientais e de mobilidade urbana serão tratadas conforme as legislações vigentes. Os moradores continuam mobilizados para barrar o avanço do projeto e garantir a preservação das áreas afetadas pelo alargamento da rodovia.