Além dos aumentos salariais, o governo já havia formalizado, para todos os servidores federais, uma proposta que inclui um aumento no auxílio-alimentação, de R$ 658 para R$ 1 mil, um aumento de 51% no auxílio-saúde e um acréscimo no auxílio-creche de R$ 321 para R$ 484,90. Com todos esses benefícios somados ao reajuste de 9% concedido no ano anterior, os técnicos teriam um aumento médio de mais de 20% em suas carreiras.
A proposta apresentada também inclui a verticalização das carreiras, com uma matriz única de 19 padrões, a diminuição do interstício da progressão por mérito de 18 para 12 meses e a redução do tempo necessário para atingir o topo da carreira, que passa a ser de 18 anos.
No entanto, os servidores técnico-administrativos da educação consideraram a proposta do governo como “irrisória e decepcionante”. O Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) reivindica uma recomposição salarial que varia de 22,71% a 34,32%, além da reestruturação das carreiras e a revogação de normas prejudiciais à educação federal aprovadas nos governos anteriores.
Diante da insatisfação dos servidores, a greve deve continuar, já que a proposta do governo não atende às demandas salariais e de reestruturação das carreiras. A decisão final será tomada após consultas às assembleias locais e durante uma plenária nacional que ainda será convocada para debater os próximos passos do movimento.